4 de abril de 2012

Mão desnuda

 
A mão ao léu
Às cegas tateia em vão
Ao frio, desolada está
Trêmula, no abrigo refugia-se

Uma coroa tornava-a imponente
Compromisso fincado em metal
Um signo de fidelidade materializada

Arrebatada foi a sua glória
Arruinado o seu reinado
A coroa extirpada de seu poder

O último elo desfacelado
Agora nua se encontra
À procura de nova veste
Anseiando por uma beleza que lhe apetece.